Description
O BBT é um teste validado e confiável para diversas populações. Na literatura, ele é amplamente citado em estudos que envolvem pacientes com sequelas neurológicas em decorrência de Acidente Vascular Encefálico, Traumatismo Crânio-Encefálico, Lesão Medular, Esclerose Múltipla, Paralisia Cerebral, entre outros. Além disso, o BBT é citado em estudos com pacientes que apresentam Fibromialgia, lesões traumato-ortopédicas nos membros superiores, bem como com pessoas idosas.
CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICAÇÕES
- Usado para avaliar e treinar a destreza manual grossa.
- Administração rápida e fácil.
- Duração de 2-5 minutos.
- Composto por um tabuleiro, 150 cubos coloridos de madeira e pelo manual do produto.
- Transportável: tabuleiro com fecho e dobradiças que permitem o seu fechamento e alça que permite o seu transporte de forma ergonômica.
- Tabuleiro com revestimento interno em EVA para eliminar o ruído gerado pelo impacto dos blocos no tabuleiro.
- Disponível em cinco cores: azul, vermelho, amarelo, laranja e verde.
- Tabuleiro formado por dois compartimentos quadrados separados entre si, medindo 25,4 x 25,4 cm cada.
- Cubos de madeira medindo 2,54 x 2,54 x 2,54 cm, cada.
INSTRUÇÕES DE USO
- O indivíduo avaliado deve estar sentado confortavelmente com a caixa do Box and Block Test ACCSIM (BBT) em sua frente sobre uma mesa (preferencialmente com os pés apoiados no chão, os cotovelos em 90 graus de flexão e as suas mãos apoiadas sobre a mesa). A caixa do TCB deve estar centralizada à linha média e entre as duas mãos do avaliado. O avaliador deve permanecer em frente ao avaliado. O teste deve ser iniciado pela mão dominante (ou não acometida). Todos os cubos devem estar no compartimento do mesmo lado do membro a ser testado. O avaliado deve ser instruído a pegar um cubo por vez, com apenas uma mão, e colocar no outro compartimento da caixa o mais rápido possível. A mão do avaliado deve atravessar a divisória da caixa para transferir o bloco. Esta tarefa deve ser repetida o maior número de vezes durante 60 segundos. Após o término do teste, a quantidade de blocos transferidos deve ser contada. Cada bloco transferido conta “um” ponto. A pontuação final será a quantidade de blocos transferidos durante os 60 segundos. Pontuações mais altas indicam melhor destreza manual grossa. Para a pontuação final, devem ser desconsiderados os blocos que forem transferidos ao mesmo tempo, os blocos transferidos para o outro compartimento sem que a mão do avaliado ultrapasse a divisória da caixa e os blocos que caiam diretamente fora do compartimento. Os blocos que forem transferidos para o segundo compartimento, mas quiquem no compartimento e caiam fora da caixa devem ser considerados como ponto. Depois de concluído, o teste deve ser realizado com o membro não dominante (ou acometido). É orientado que antes de iniciar o teste, o indivíduo avaliado realize uma familiarização com a tarefa durante 15 segundos (Mathiowetz et al., 1985).
- As propriedades clinimétricas, os valores normativos, o erro padrão da medida, etc. para os diferentes grupos populacionais podem ser obtidos clicando aqui.
VOCÊ SABIA?
- O uso do Box and Block Test em pacientes com Esclerose Múltipla, Parkinsonismo, Lesão Medular, Acidente Vascular Encefálico, Traumatismo Crânio-Encefálico e Distúrbios Vestibulares é recomendado por especialistas em fisioterapia neurofuncional da Associação Americana de Fisioterapia (APTA).
- Especialistas em fisioterapia neurofuncional da Associação Americana de Fisioterapia (APTA) recomendam o uso do Box and Block Test nos estágios agudo, subagudo e crônico dos distúrbios neurológicos.
- O Box and Block Test tem o seu uso indicado por especialistas em fisioterapia neurofuncional da Associação Americana de Fisioterapia (APTA) em pacientes sob cuidado intensivo, de internamento, ambulatorial, clínico especializado e domiciliar.
- Fisioterapeutas neurofuncionais da Força Tarefa em Esclerose Múltipla da APTA recomendam a utilização do Box and Block Test nestes pacientes em qualquer nível de incapacidade (Escala Expandida do Estado de Incapacidade de Kurtzke – EDSS entre 0 e 10).
- Todo aluno de graduação em Fisioterapia, de acordo com especialistas em fisioterapia neurofuncional da Associação Americana de Fisioterapia (APTA), devem ser apresentados ao Box and Block Test durante a sua formação.
- Especialistas em fisioterapia neurofuncional da Associação Americana de Fisioterapia (APTA) afirmam que o Box and Block Test é um instrumento apropriado para ser utilizado em pesquisas com intervenção clínica.
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CONHEÇA MAIS SOBRE O BOX AND BLOCK TEST
- O Teste da Caixa e Blocos, ou Box and Block Test (BBT) como é conhecido originalmente, tem por objetivo avaliar a destreza manual grossa unilateral. O teste foi desenvolvido pelas terapeutas ocupacionais americanas Dra. Anna Jean Ayres e Dra. Patricia Holser Buehler para ser aplicado inicialmente em adultos com paralisia cerebral. Em 1957, a Dra. Buehler, juntamente com a Dra. Elizabeth Fuchs modificaram o teste para o seu formato atual (Mathiowetz et al., 1985). O teste foi projetado para ser durável e simples. Além disso, foi elaborado de forma que também pudesse ser aplicado em pessoas com graves comprometimentos na destreza manual.
- Na literatura, o BBT é citado e aplicado em estudos que envolvem pessoas com alterações neurológicas, com limitações funcionais de origem diversa nos membros superiores, com dores nos membros superiores e pessoas idosas. O modo de administração do teste é por observação do desempenho. A duração do teste varia de dois a cinco minutos e, além dos itens que compõem o teste (caixa e blocos), a sua aplicação requer o uso de um cronômetro para marcar o tempo. Uma ficha de coleta em papel com lápis/caneta ou uma forma alternativa para registro dos resultados também é necessário. O BBT contempla o domínio “Atividade” da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade, e Saúde (CIF-OMS).
ALGUMAS REFERÊNCIAS
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- Chen, H. M., Chen, C. C., et al. (2009). “Test-retest reproducibility and smallest real difference of 5 hand function tests in patients with stroke.” Neurorehabil Neural Repair 23(5): 435-440.
- Desrosiers, J., Bravo, G., et al. (1994). “Validation of the Box and Block Test as a measure of dexterity of elderly people: reliability, validity, and norms studies.” Arch Phys Med Rehabil 75: 751-755
- Lin, K. C., Chuang, L. L., et al. (2010). “Responsiveness and validity of three dexterous function measures in stroke rehabilitation.” J Rehabil Res Dev 47(6): 563-571.
- Mathiowetz, V., Ferderman, S., et al. (1985). “Box and Block Test of Manual Dexterity: Norms for 6-19 Year Olds.” Canadian Journal of Occupational Therapy. Revue Canadienne d’ergothérapie 52(5): 241-246.
- Mathiowetz, V., Volland, G., et al. (1985). “Adult norms for the Box and Block Test of manual dexterity.” Am J Occup Ther 39(3160243): 386-391.
- Platz, T., Pinkowski, C., et al. (2005). “Reliability and validity of arm function assessment with standardized guidelines for the Fugl-Meyer Test, Action Research Arm Test and Box and Block Test: a multicentre study.” Clin Rehabil 19(4): 404-411.
- Platz, T., Vuadens, P., et al. (2008). “REPAS, a summary rating scale for resistance to passive movement: item selection, reliability and validity.” Disabil Rehabil 30(1): 44-53.
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- Slota, G., Enders, L., et al. (2013). “Improvement of hand function using different surfaces and identification of difficult movement post stroke in the Box and Block Test.” Applied Ergonomics 45: 833-838.